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Retrospectiva 2025: um ano em que sonhamos para libertar o futuro

19/12/2025

Retrospectiva 2025: um ano em que sonhamos para libertar o futuro

2025 está chegando ao fim e, em breve, dará lugar ao que está por vir. Nesse ano, seguimos trabalhando com a missão de desbloquear novas visões do futuro por meio da arte, da cultura e da educação. É a partir do desejo de sonhar coletivamente e questionar a nossa perspectiva do que é o mundo e refletir sobre como ele pode ser que seguimos nossa jornada. 

 

Em 2025, tivemos muitas histórias para contar. Nessa retrospectiva, você confere os nossos momentos mais importantes. Vem ver!

O verão foi quente no Futuros

2025 começou com tudo no nosso centro cultural. Dois eventos trouxeram novas projeções de futuro para o nosso espaço, para debater temas importantes, como a equidade de gênero na arte e na ciência.

A quarta edição do Festival Corpos Visíveis, primeiro evento na América Latina dedicado à arte e música com foco em gênero e diversidade, contou com apresentações artísticas de dança, cinema, palestras e shows.

Já a mostra “Nós – Arte e Ciência por Mulheres” destacou o conhecimento produzido por mulheres de diversas partes do planeta na astronomia, química, medicina, antropologia e arqueologia, defendendo o direito à imaginação e à atuação plena e diversa nessas áreas. 

No Teatro Futuros, rolou a peça “Grande Sertão: Veredas”, adaptação do clássico da literatura brasileira que conta a história de três peças: “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, “Riobaldo” e o inédito “O Julgamento de Zé Bebelo”. Com direção de Amir Haddad, a estadia do espetáculo no nosso centro cultural ainda rendeu três palestras com especialistas na obra do escritor Guimarães Rosa.

Em março, o Musehum recebe a Finep como parceira

No fim do primeiro trimestre, demos um importante passo para a continuidade da preservação do maior acervo histórico e científico das comunicações no Brasil, o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades.

Firmamos, com a Finep, um convênio visando à preservação, pesquisa e democratização de acesso ao acervo do museu, realizado conjuntamente pela Finep em parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Nos próximos três anos, o Musehum receberá apoio para preservação, catalogação, digitalização e difusão de seu acervo histórico, formado por mais de 130 mil itens que contam a história dos últimos três séculos. Também contemplará a adequação das instalações físicas da Reserva Técnica e a realização de pesquisas técnico-científicas, que almejam reposicionar o Musehum como plataforma de cidadania para ampliar o seu papel social como museu cidadão, além de ampliar a produção de conhecimento acadêmico e viabilizar uma exposição de longa duração, novas instalações e ações de itinerância.

O outono começou com novidades no nosso centro cultural

Se o Rio de Janeiro viveu meses agitados depois do Carnaval, quando todo mundo veio para a cidade acompanhar o grande evento do ano, não poderia ser diferente no Futuros.

Em março, colocamos o comportamento, a tecnologia e a sociedade no centro do debate na exposição “Arte Maker – Sociedade e Cultura Digital”, que reuniu 60 trabalhos de mais de 100 alunos e alunas das 16 Escolas Firjan SESI do estado do Rio de Janeiro, que foram provocados a investigar e criar em cima da temática Sociedade e Cultura Digital.

E a nossa parceria com a Firjan SESI não parou por aí! Ainda em março, a temporada da Mostra Firjan SESI de Artes Cênicas ocupou o Teatro Futuros com 16 espetáculos gratuitos de dança, circo e teatro para toda a família se divertir durante três semanas seguidas.

Em abril, a peça infantil “Tem Bastante Espaço Aqui” desafiou as expectativas sobre a família ao contar a história de Joana, uma criança que vive com duas mães e, movida pela curiosidade, decide entender a sua história.

E o Futuros aqueceu no inverno!

Abrindo os caminhos em junho, “Latopá” levou o público para as nossas galerias com um objetivo: redescobrir Exú! A exposição reuniu obras de diferentes artistas para trazer perspectivas sobre o papel central do orixá como força de comunicação, transformação e movimento.

No mesmo mês, o MIMO Festival realizou sua 8ª edição no Rio de Janeiro e desembarcou no Futuros por três dias com diversas atrações musicais, incluindo Lia de Itamaracá, Jards Macalé e Amaro Freitas. O evento também contou com painéis, workshops e sessões do Fórum de Ideias, conectando arte, pensamento e territórios em diversos espaços da cidade.

Em agosto, o Loucura Suburbana chegou com seus estandartes e sua alegria ao nosso centro cultural para celebrar seus 25 anos, com mais de 250 itens que marcaram os desfiles, em um cortejo visual pela memória afetiva, artística e política do bloco. Ao final da temporada de exposição, o seminário foi um diálogo crucial que reuniu nomes importantes da luta antimanicomial brasileira para falar de arte, território e saúde mental.

No Teatro Futuros, “Solo da Cana” retornou ao Rio de Janeiro para convidar o público a uma experiência sensível e política a partir do ponto de vista inusitado de uma cana-de-açúcar.

As férias escolares trouxeram ainda mais criatividade para o NAVE 

Em julho, o NAVE realizou, em parceria com CESAR School e o SEBRAE, a 1ª edição do HackaNAVE uma jornada formativa intensa, na qual 60 estudantes foram selecionados para uma maratona de inovação que desafiou estudantes a pensar coletivamente em soluções criativas para problemas reais, desenvolver protótipos e apresentar suas propostas a partir da pergunta geradora: como podemos transformar os espaços públicos em lugares mais seguros, acessíveis e acolhedores para todas as pessoas?

Os estudantes foram divididos em seis grupos de 5 pessoas em cada escola, que foram avaliadas por uma banca composta por representantes da rede parceira da Rede D’Or, Global Terra, TCS, CESAR School e ETE Cícero Dias.

Segunda edição do NAVE em Órbita explora universo dos games

Em agosto, lançamos a segunda edição do NAVE em Órbita, uma trilha de cursos gratuitos voltada à criação de games para jovens de todo o Brasil, com turmas presenciais e online. O evento de lançamento promoveu mesas de debate sobre as possibilidades e os impactos do universo dos games para jogadores e produtores.

Ao conectar o interesse por games a oportunidades concretas de formação e carreira, o NAVE em Órbita II contribui para reduzir a evasão escolar na transição para o Ensino Médio e fortalece o letramento midiático e digital como competência essencial para a cidadania na era da informação.

Upload chegou para unir criatividade e territórios

O Futuros – Arte e Tecnologia e o Coletivo 2050 se uniram para colocar a arte e os territórios em movimento. Lançado no final do ano, o Upload propõe novas formas de olhar e habitar o mundo a partir de uma residência artística que reúne 11 artistas que atuam nas fronteiras entre arte, tecnologia e território: Rafael Velez, Osvaldo Eugênio Junior, Gean Guilherme, GB, Ottis Ots, ClickByCria, Cety Soledad, GPS, Ronald Nascimento, Rxbisco e Luan Guilherme. A curadoria é assinada por Leo Moraes, com assessoria de curadoria de Danilo dos Santos, que acompanha os processos de pesquisa, criação e articulação conceitual da residência.

O público, é claro, também já é parte importante desse processo. Tanto no Futuros quanto no Morro do Santo Amaro, na Zona Sul do Rio de Janeiro, as pessoas poderão acompanhar mostras, oficinas, palestras, performances e espetáculos abertos e gratuitos.

A inteligência artificial foi debate na nossa participação na Rio Innovation Week

Estivemos presentes em mais uma edição da Rio Innovation Week, maior conferência global de tecnologia e inovação. Na mesa “Sintonia Real – Arte, Natureza e Cultura no Tempo dos Algoritmos”, Sara Crosman, presidente do Instituto Futuros, debateu as potências e contradições da IA, refletindo sobre o encontro incontornável entre pessoas e máquinas e a necessidade da capacidade humana de sonhar para apontar novos caminhos.

Esse debate também atravessou o Rec’n’Play, em Recife, onde a professora Ju Caldas, do NAVE, participou de uma roda de conversa com profissionais que vêm repensando o uso da inteligência artificial no ensino. A partir da prática em sala de aula, Ju trouxe compartilhou reflexões sobre a inteligência artificial na educação, ressaltando seu potencial para estimular a criatividade e formar sujeitos capazes de dialogar de forma consciente com a tecnologia.

Caminhos Criativos é lançado para impulsionar a economia criativa do estado do Rio de Janeiro

Em setembro, o Instituto Futuros e a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa anunciaram o Caminhos Criativos, projeto criado para desenvolver e capacitar empreendedores e profissionais da economia criativa do estado do Rio de Janeiro.

Após o lançamento, o projeto contou com um eixo de ações formativas para empreendedores da cultura em geral, que levou capacitações para dez cidades de todas as regiões do estado, percorrendo mais de 2 mil quilômetros para mergulhar nas realidades locais, tirando dúvidas, entendendo as peculiaridades de cada ecossistema criativo em mais de 40 horas de oficinas gratuitas para 426 empreendedores da economia criativa do Rio de Janeiro.

Foram dez capacitações presenciais e a formação online já está disponível e com inscrições abertas. Para saber mais, clique aqui.

Durante o período, também foram abertas as inscrições para o edital público do programa. Entre os 146 projetos inscritos, 30 foram selecionados para este ciclo de aceleração, que contará com mentorias individuais, rodas de conversa, bancas de pitch e intercâmbio nacional. A aceleração terá duração de cinco meses e tem início previsto para janeiro de 2026.

Primavera dos Museus trouxe as mudanças climáticas para o centro do debate


Para dar o pontapé inicial na penúltima estação do ano, em setembro o evento Primavera do Musehum reuniu diferentes profissionais para compartilhar conhecimentos e refletir sobre como eles se conectam ao tema “Museus e mudanças climáticas”, proposto na 19ª Primavera de Museus, em diálogo com nossas perspectivas de atuação museal.

A edição marcou a estreia de duas atrações no nosso centro cultural: “CLIMAXX”, exposição que reuniu trabalhos em arte digital, pintura, fotografia, objeto e vídeo que apresentam visões críticas sobre a situação ambiental; e a ocupação artística da galeria com exibições do Instituto Mar Urbano, Favelas e Florestas. A programação também abriu a nova temporada do Disconcertos, que, em seu primeiro encontro, reuniu o jornalista, escritor e criador do projeto, Dodô Azevedo, e o músico Barral Lima, em uma conversa sobre o disco Sol de Primavera (1979), de Beto Guedes, álbum que já participava da conversa sobre conscientização ambiental no final dos anos 1970.

Em outubro, nos tornamos Instituto Futuros


Marcando nossos 24 anos de atuação nas áreas de cultura, educação e fomento à economia criativa, renovamos nossa identidade e mudamos nossa marca em outubro. Após anos de trajetória, o Instituto Oi Futuro se tornou Instituto Futuros.

Mantendo o compromisso com a transformação social, o instituto segue com sua atuação como uma organização focada em inovação e criatividade para o impacto social. A mudança marca nosso novo momento, no qual uma rede de parceiros e patrocinadores foi criada para investir em programas e projetos realizados pelo instituto. Atualmente, estamos ao lado de 20 organizações públicas e privadas que defendem o direito à imaginação, ao sonho e ao futuro.

A Temporada França-Brasil 2025 veio com tudo!


O Futuros recebeu atrações do calendário do Ano Cultural Brasil-França 2025. O público pôde acompanhar expressões artísticas que unem arte, ciência e resistência para falar de temas como sustentabilidade, direito à imaginação e ao sonho de futuros possíveis.

O Teatro Futuros recebeu duas apresentações teatrais: “Zonascríticas” e “Cascades”, parte do projeto “Natureza Água”, um conjunto de espetáculos que exploravam as conexões entre ambiente, tecnologia e ancestralidade.

Em Kwir, Nou Éxist, exposição que desembarcou diretamente do Museu do Louvre para uma temporada no Rio, o público pôde acompanhar a vida de pessoas LGBTQIAPN+ da Ilha da Reunião, território francês localizado no Oceano Índico, mergulhando em narrativas de resistência, autoafirmação e pertencimento.

E, em dezembro, “Ressonâncias – Revoltas Silenciosas” fecha a nossa temporada teatral, atravessando idiomas, ritmos e territórios para falar sobre as trabalhadoras domésticas que migraram do Brasil para a França nos anos 2000. A peça chegou ao Rio após passar por Salvador, Europa e Caribe.

Decola NAVE: quando parcerias impulsionam futuros

Em 2025, o NAVE ganhou ainda mais fôlego para ampliar o impacto na formação de jovens nas áreas de games, programação e economia criativa. Ao longo deste primeiro ano de parceria, foram fortalecidas as formações em Programação Full Stack e Jogos Digitais, ampliada a fluência digital de educadores por meio da plataforma Órbita e expandido o acesso de novos jovens ao universo da criação de games com o curso “Criando meu primeiro jogo digital”.

A chegada da TCS, Bemobi e Wilson Sons também reforçou a Aliança NAVE, rede de organizações que acredita na educação como ferramenta de transformação e inspiração para políticas públicas. Em um país que enfrenta déficit histórico de profissionais em tecnologia, o Decola NAVE simboliza mais do que investimento: representa confiança na potência da juventude e na construção coletiva de caminhos para que novos talentos possam sonhar, criar e transformar realidades por meio da inovação.

NAVE divulgou levantamento com impacto na vida de egressos


No terceiro trimestre, o Núcleo Avançado em Educação – NAVE divulgou os dados do 2º levantamento realizado entre setembro e outubro, com estudantes que concluíram o ensino médio integrado à Educação profissional e tecnológica nas escolas do programa, no Recife e no Rio de Janeiro. Dados que comprovam que o sonho é uma tecnologia que transforma a realidade estrutural de jovens do país.

Entre os destaques nos resultados estão: o ingresso de 96% dos ex-alunos em universidades públicas e privadas (três vezes mais que a média nacional, de 27%). Hoje, 84% dos participantes do levantamento estão empregados. Com 69% dos jovens vindos de famílias com renda de até dois salários mínimos, 43% dos egressos entre 25 e 39 anos já recebem mais de cinco salários mínimos, e 60% dos recém-formados já conquistaram sua própria renda.

Instituto Futuros e Itaú Cultural dão início a parceria inédita com exposição no Futuros


Ainda em outubro, o Futuros recebeu uma exposição inédita no Rio de Janeiro. OP_ERA: Sonic Dimension, desenvolvida pelas artistas e pesquisadoras brasileiras Rejane Cantoni e Daniela Kutschat, ocupa uma das nossas galerias até 2026 com uma experiência imersiva sensorial única, na qual, por meio dos sons gerados por linhas virtuais, o público pode receber respostas visuais e sonoras em tempo real.

A obra faz parte da coleção de arte cibernética do Acervo Itaú Unibanco, gerido pelo Itaú Cultural, e é o primeiro projeto da parceria entre os institutos. A abertura contou com uma mesa com convidados que debateram as confluências entre a arte, a vida e a tecnologia.

E ainda teve mais!


Em um ano cheio de atrações e projetos, tivemos outras oportunidades para refletir sobre temas importantes para o nosso desenvolvimento como sociedade.

Em novembro, a 12ª edição do Hiperorgânicos, produzida pelo Núcleo de Arte e Novos Organismos (NANO), da Escola de Belas Artes da UFRJ, veio para o nosso centro cultural com um simpósio e um Laboratório Aberto (OpenLab), onde artistas-pesquisadores do Brasil e do exterior se uniram ao público para uma troca de experiências e para aprofundar os debates sobre arte, tecnologia, natureza e sociedade.

O Disconcertos retornou ao nosso espaço para mais conversas que tinham como ponto de partida um clássico da música. Em novembro, teve dose dupla de debates, com o álbum The Immaculate Collection, de Madonna, sendo o pano de fundo para um debate sobre empoderamento feminino com a apresentadora do Bom Dia Brasil, da TV Globo, Ana Paula Araújo. Além dela, o historiador Luiz Antônio Simas se juntou a Dodô Azevedo para falar sobre Axé, último álbum de estúdio de Candeia, em um papo sobre ancestralidade que atravessa a história da nossa cidade.

Ainda temos futuros para desbloquear


Nos próximos anos, iremos refletir muito sobre tecnologia, bem-estar e saúde mental. Em um momento histórico em que chegamos a pontos de não retorno, como iremos criar um amanhã onde sonhar é possível em um mundo com eventos climáticos que chegaram para ficar? É por meio do poder transformador da arte, da cultura e da educação que te convidamos a pensar nos próximos capítulos da nossa história com a gente.

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